Viva o presente e relembre o passado da Vila!

27/09/2023

Turismo na Vila Mariana: conheça a história dos pontos turísticos mais famosos do bairro

Com seus 128 anos de história, é claro que a Vila Mariana é o lar de diversos pontos turísticos muito amados da cidade de São Paulo! Relembre quais são os mais famosos e conheça um pouco mais de como eles surgiram e se consagraram pela região.


Parque Ibirapuera

O Parque Ibirapuera foi inaugurado no dia 21 de agosto de 1954, durante a comemoração do IV Centenário de São Paulo.  Foi projetado por Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Mello e Augusto Teixeira Mendes. Seu nome provém do tupi-guarani ‘Ypy-ra-ouêra’, que significa pau podre, por conta das características da região na época da colonização.


O Ibirapuera já estava sendo idealizado desde 1920, quando o prefeito de SP, José Pires do Rio, propôs a transformação do local em um parque inspirado no Bois de Boulogne, na França, no Hyde Park, em Londres, e no Central Park, nos EUA. Em 1927, Manuel Lopes de Oliveira começou a plantar eucaliptos na área, que era alagadiça, para drenar o terreno e eliminar o excesso de umidade.


Cinemateca Brasileira

O projeto da Cinemateca nasceu quando Paulo Emílio Salles Gomes, fugindo por ter escapado da prisão por ter participado da Intentona Comunista de 1935, emigrou para a Europa e conheceu o museu de cinema francês. Em 1940, ao voltar para o Brasil, ele se juntou com alguns colegas da USP e fundou o primeiro Clube de Cinema de São Paulo, que foi fechado pelo DIP e teve que operar de forma clandestina.


Cinco anos mais tarde, foi inaugurado o segundo Clube de Cinema de São Paulo, dirigido por Almeida Salles, Múcio Porphyrio Ferreira, Rubem Biáfora, Benedito Junqueira Duarte, João de Araújo Nabuco, Lourival Gomes e Tito Batini. Em 1947, Paulo Emílio Salles filiou o Clube a International Federation of Films Society. Em 49, foi estabelecido um acordo entre o Clube e o Museu de Arte Moderna de São Paulo para a criação da Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo. No ano de 1956, o MAM se desligou da parceria para buscar mais autonomia e o Clube de Cinema virou a Cinemateca Brasileira! 


Implantada em 1992, a obra do prédio foi assinada por Alberto Kuhlmann no local onde ficava o matadouro municipal da Vila Mariana. Os edifícios históricos foram restaurados e adaptados como centro de documentação, laboratórios de restauro de filmes, depósitos, áreas de apoio, arquivos de matrizes, áreas administrativas, sanitários, espaço para eventos e, é claro, salas de cinema.


Museu do Instituto Biológico

Inaugurado em 1927 como Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, ele foi, logo quando criado, o primeiro local onde foi aplicado o Regime de Tempo Integral, que obrigava os pesquisadores a trabalharem em tempo integral na instituição. Ele cresceu rapidamente e, apenas 7 anos depois, absorveu a Defesa Sanitária Animal e ganhou mais seis setores.


O instituto ficava localizado em vários prédios adaptados e distantes uns dos outros, até que, em 1928 foi doada uma área de aproximadamente 239.000m² na Vila Mariana para sua construção e em 1937, ele foi renomeado para Instituto Biológico. O museu do Instituto foi criado em 1998, tornando-se alvo de visitas didáticas.


Museu Lasar Segall

Inaugurado em 21 de setembro de 1967, o Museu nada mais é do que a antiga residência e atelier de Lasar Segall! Com foco apenas no artista, a galeria foi idealizada por sua viúva, Jenny Klabin Segall, que faleceu antes mesmo da inauguração.


O que inspirou Jenny a transformar a antiga casa deles em um museu foi o fato de que, durante muitos anos, o local servia como ponto de encontro para artistas e pessoas ligadas à arte! O processo de abertura começou aos poucos: em 1963, uma ala da residência e do atelier foi aberta ao público. Em 65, outras instalações foram liberadas. 


A viúva morreu em 2 de agosto de 1967, fazendo com que os filhos do casal tomassem a frente do projeto. Uma inauguração simbólica aconteceu no dia 21 de setembro com uma exposição de obras de Lasar. A inauguração oficial aconteceu em 27 de fevereiro de 1970, junto à criação da Associação Museu Lasar Segall e, em 1973, o museu foi oficialmente aberto para visitação.


Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC USP)

Em 1963, o casal de mecenas Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo presenteou a Universidade de São Paulo com o acervo do antigo MAM de São Paulo. Neste momento foi criado o Museu de Arte Contemporânea. 


Durante seus primeiros anos, o MAC USP preservava, estudava e exibia o acervo ao mesmo tempo que se tornava um dos principais centros do hemisfério sul a colecionar trabalhos ligados às várias vertentes da arte conceitual, às novas tecnologias e às obras que problematizam a tradição moderna.


Instalado em um complexo arquitetônico criado por Oscar Niemeyer em 1950, o museu conta com um acervo de aproximadamente 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações.


Museu Belas Artes (MUBA)

Vinculado ao Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, o MUBA foi organizado em 2007 pela FEBASP Associação Civil, uma entidade sem fins lucrativos. O objetivo do museu é documentar o desenvolvimento das artes, da comunicação, da arquitetura e do design.


Além de um museu universitário, ele é um espaço de afirmação de identidades e salvaguarda de conhecimentos e memórias. Ele atua nos campos científico e acadêmico e seu acervo é formado por coleções de design, pinturas, esculturas e desenhos.


Casa Modernista

Localizada na Rua Santa Cruz, a Casa Modernista foi projetada por Gregori Warchavchik em 1927 e construída em 1928. Seu objetivo era abrigar a residência do arquiteto, que havia acabado de se casar com Mina Klabin, e acabou gerando impacto nos círculos intelectuais e na opinião pública em geral. A casa é considerada a primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil! Além de pioneira, ela marca a transição por expressar contradições à época. 


O local passou por uma reforma em 1935, para se adequar à família que crescia e as alterações trouxeram até novidades na lógica de circulação da residência. Durante a 2ª Guerra Mundial, o jardim passou por uma ampliação e a garagem foi ampliada. Pequenas alterações seguiram ocorrendo ao longo dos anos até que, nos anos 70, a família decidiu vender a propriedade. 


Uma construtora criou um projeto para implantar um condomínio residencial na área em 1983, que foi combatida pela população local. Em 1984, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo tombou o conjunto e o empreendimento foi inviabilizado. Os proprietários, então, entraram na justiça contra o Estado e durante o processo, o imóvel ficou abandonado, caindo em deterioração.


Em 1994, o Estado foi sentenciado a indenizar o proprietário e a comprar a casa, porém ela continuou sem cuidados. Nos anos 2000 começaram a ser feitos projetos de recuperação da propriedade. Em agosto de 2008, aconteceu a reabertura do parque e da casa. Em 2011 um novo projeto de restauro e adequação foi colocado em prática e, atualmente, a Casa Modernista abriga o Museu da Casa Brasileira.


SESC Vila Mariana

Projetado por Jerônimo Bonilha, o SESC da Vila Mariana foi inaugurado em 1997 e levou 10 anos para ser construído. Com capacidade para atender até seis mil pessoas por dia, ele é formado por 2 torres com 10 andares cada, interligadas por passarelas de aço.


Contando com instalações modernas e infraestrutura ideal para apresentações teatrais e pequenos shows, a programação oferece opções para todos os tipos de público. Música, teatro, exposições, cursos, oficinas, seminários e atividades esportivas e recreativas se dividem no auditório, centro de música, comedoria, café, ginásios, piscina, praças de eventos e solarium da unidade.


Museu do Corpo de Bombeiros

Com a intenção de preservar a história do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, foi inaugurado, em 10 de março de 2005, o Museu do Corpo de Bombeiros. Contando com materiais, fotos, documentos e equipamentos guardados desde a sua criação em 1880, ele busca descrever a trajetória da instituição. 


Localizado na Rua Domingos de Moraes, o prédio vermelho foi construído em 1927 por um engenheiro italiano e pertenceu à família Caruso. A construção é revestida de mármore e possui lustres de cristal e grandes vitrais e guarda verdadeiras relíquias que contam a história do Corpo de Bombeiros.